A WebQuest: evolução e reflexo na formação e na investigação em Portugal

Referências Bibliográficas:

Carvalho, A.A. (2007). A WebQuest: evolução e reflexo na formação e na investigação em Portugal. In F. Costa, H. Peralta & S. Viseu (eds), As Tic em Educação em Portugal. Porto: Porto Editora, 299-327.

Registo de Leitura:

Carvalho (2007) considera três fases na evolução da WebQuest (WQ):

Quadro 1- Evolução dos componentes da WebQuest


Carvalho (2007) refere que a construção da WQ é útil na formação de professores, inicial e contínua, na medida em que a sua construção implica que se domine o tema da WQ para a conceber e ter sensibilidade e criatividade para o que pode ser solicitado na tarefa e ainda para seleccionar criticamente as fontes a referir. Por outro lado, permite aos professores repensarem a aprendizagem e os princípios pedagógicos a implementar para orientarem os destinatários pelas diferentes etapas até à solução final. A construção da WQ é exigente no que concerne à avaliação a ser realizada no desempenho de cada aluno, exigindo conhecimentos na área da tecnologia para implementar e disponibilizar a WQ online.

A autora refere ainda que existem outras actividades mais simples que tiram partido dos recursos da Web, como na Caça ao Tesouro, que apresenta várias questões com apontadores para sites e uma pergunta aglutinadora. A grande diferença entre a WQ e a Caça ao Tesouro está na complexidade da primeira, que inclui a avaliação e o processo, e na tarefa solicitada é colocada uma questão de resposta aberta.

Uma WQ bem elaborada deverá promover a dinâmica de grupo, a tomada de decisões e aprendizagem autónoma. Neste contexto, o papel do professor será o de ajudar os alunos a serem responsáveis pelas suas decisões, criando a oportunidade de estes aprenderem por si, tornando-se responsáveis pela sua aprendizagem.

A WQ fomenta a aprendizagem autónoma e responsável, permitindo ao aluno desenvolver a capacidade de expor o seu trabalho à turma, submetendo-se à crítica dos seus pares e do professor, aprendendo também a criticar o trabalho dos seus colegas de forma construtiva.

Segundo Carvalho (2007), o grande segredo da WQ depende da temática, da tarefa e da orientação do processo. A tarefa deve envolver os alunos em questões complexas que os obriguem a ir para além da informação disponibilizada, de forma a desenvolver o pensamento crítico e o pensamento de nível avançado. Não devem ficar centradas no formato de texto, devendo permitir rentabilizar os recursos disponíveis de forma a motivar os alunos a aprenderem.

A investigação sobre WQs já realizada, mostra que, apesar de serem ainda desejáveis algumas modificações, estes recursos têm sido utilizados com sucesso, desde centros de formação, até ao ensino superior. Contudo, alguns aspectos ainda merecem reflexão, como o impacto da duração da WQ, o efeito do tamanho do grupo e género dos sujeitos, bem como a eficácia desta ferramenta em alunos pouco interessados em aprender.

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